“Pretendo falar de um novo tipo de cavaleiro, absolutamente desconhecido nas eras precedentes, que, sem poupar energias, trava uma luta num duplo fronte:

uma luta contra a carne e o sangue, mas também contra os espíritos malignos espalhados nos ares.”

(São Bernardo de Claraval. De Laude Novae Militae ad Milites Templi

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Palavra do Grão Mestre

"CARTA AOS TEMPLÁRIOS"

 

No ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 11 de fevereiro de 2024,

 

Amados Cavaleiros da Cruz,

É com imensa felicidade que recebo a honrosa missão, da parte de meus irmãos de Ordem, da condução dos destinos deste Grande Priorado da Ordem dos Cavaleiros Templários em sua primeira gestão. Sei dos desafios que isso inscreve! Toda a arquitetura institucional, arcabouço normativo, parâmetros litúrgicos, organização financeira, composição do nosso Alto Oficialato e reorganização daqueles que, no final das contas, mais importam: os Cavaleiros, estão na nossa ordem do dia!

A delicada costura das nossas relações institucionais com o simbolismo, com as demais Ordens Progressivas de Aperfeiçoamento Maçônico, corpos superiores de distintos ritos e outras estruturas templárias, também são parte do nosso repertório de ações.

Feito isso, poderemos nos ocupar da expansão do Grande Priorado, em direção aos irmãos Maçons do altivo e centenário Grande Oriente de São Paulo (de onde provêm a avassaladora maioria dos nossos Cavaleiros), das demais potências regulares paulistas e, bem firmados esses alicerces, de obreiros de todo o Brasil, filiados às potências maçônicas amigas. 

Assumimos o encargo sabedores também de que, junto dos desafios, vem a revigorante convicção de que erigimos, como os construtores de catedrais de outrora, um edifício duradouro, firmado para atravessar gerações, resistir às mais raivosas tempestades, abrigar os buscadores de antigos saberes, ser o lar da fraternidade que deve cimentar o convívio entre os irmãos, socorrer os necessitados, dar alento aos aflitos e servir de monumento à memória dos mártires que, em defesa das virtudes celestiais, tombaram. Da memória dos Cavaleiros de longínquos tempos e que, eternizados por seus feitos, caminham entre nós, aos peregrinos e Noviços de agora: esse templo será a sua morada!

Trata-se, sobretudo, de um desígnio do nosso tempo! E por que não dizê-lo histórico, dado que o presente está infiltrado de passado e que as estacas que fincamos hoje serão escavadas pelos arqueólogos do futuro? Sabemos em que contexto nos encontramos na Maçonaria paulista e também no plano nacional, onde a tirania tem sido combatida desde o âmago da própria Ordem, rachando as paredes de suas masmorras. Num passado remoto, a perfídia de poucos também cindiu Cavaleiros, opondo irmãos em nome de inglórios interesses; mas somos todos (independente das nossas filiações) muito maiores do que isso; e a Ordem, com todo o montante de legados, por sua vez, se agiganta sobre todos nós! E é para com ela que firmamos o nosso compromisso de Cavaleiros! Mesmo porque, no final, somos todos irmãos! Quando formos chamados ao Tribunal Celestial, é por nossos feitos que seremos julgados e por nada mais! Ocupemo-nos do que verdadeiramente importa, porque do mendigo ao rei, a morte nivelará a todos! Essa é a lição de Eclesiastes, tantas vezes repetida no nosso meio e tão incompreendida!

Estamos cientes de que toda luta por autonomia requer um tributo; de nossa parte, coube a tarefa da reconstrução dessa parte fulcral das Ordens Inglesas, chamadas de Ordens Progressivas de Aperfeiçoamento Maçônico: as Ordens Unidas, a saber, a Ordem do Templo e a Ordem de Malta; governadas, ambas, pelo Grande Priorado criado, sobretudo, para dar guarida aos irmãos que, compreendendo o chamado da realidade, optaram pelo caminho correto a seguir; ainda que não seja aquele aparentemente mais fácil.

Respondamos às vicissitudes e aos desafios do porvir com trabalho e caridade! Esse é o nosso redivivo norte! E frente à arrogância com que, por vezes, haveremos de lidar, valem-nos as lições dos "Pobres Cavaleiros de Cristo" e do próprio Cristo Jesus: humildade! Estaremos junto aos pobres, fadigados e injustiçados, empenhando o trabalho caritário, a quem de fato devemos satisfações sobre a nossa existência.

Como peregrinos, já pisamos as pedras desse caminho! Conhecemos as adversidades e as atravessamos cada vez mais fortalecidos, pois é a fé inquebrantável, inspirada pelas virtudes dos nossos antepassados Cavaleiros, que nos move! Já não há mais pedras! Em segurança e em solo fértil, recobremos o fôlego, é chegada a hora de construirmos a nossa morada e é por isso que aqui estamos!

Em nome da Santa, Abençoada e Gloriosa Trindade!

 

   Rodrigo Medina Zagni (ESGM)