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"O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé."
1 João 5:4
“Pretendo falar de um novo tipo de cavaleiro, absolutamente desconhecido nas eras precedentes, que, sem poupar energias, trava uma luta num duplo fronte:
uma luta contra a carne e o sangue, mas também contra os espíritos malignos espalhados nos ares.”
(São Bernardo de Claraval. De Laude Novae Militae ad Milites Templi)
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Para os Valorosos e Amados Cavaleiros Templários,
Com fraterna saudação e no espírito de nossa nobre tradição, dirijo-me a todos vocês, guardiões de valores seculares e de uma herança que transcende gerações. Nossa ordem, inspirada pelos ideais da cavalaria medieval, sempre pautou sua atuação pela honra, lealdade e um compromisso inabalável com a justiça. É neste contexto que desejo abordar uma questão de profunda relevância no panorama maçônico contemporâneo: a participação feminina em nossas fileiras e na maçonaria em geral.
Como bem sabemos, a maçonaria, seguindo preceitos históricos e tradições que datam dos tempos operativos dos antigos construtores de catedrais, tem sido uma instituição majoritariamente masculina. Esta característica não deriva de uma posição contemporânea, mas sim de contextos históricos e sociais específicos aos períodos em que nossas estruturas foram solidificadas. As bases que definem a regularidade maçônica, e por extensão influenciam nossa própria ordem, foram estabelecidas em um contexto em que a participação das mulheres não era contemplada nas esferas públicas e profissionais, incluindo a construção e as guildas medievais.
No entanto, é imperativo reconhecer a evolução social e a crescente luta pela igualdade de gênero. O mundo tem testemunhado movimentos significativos rumo ao reconhecimento dos direitos das mulheres, sua capacidade e direito de participar plenamente em todas as esferas da sociedade, incluindo aquelas anteriormente restritas. Esta realidade não pode e não deve ser ignorada por organizações que valorizam os princípios de justiça, união e trabalho.
Embora as regulamentações atuais da maçonaria tradicional não permitam a admissão de mulheres em suas lojas, é nosso dever, como Cavaleiros Templários, reconhecer a importância e a legitimidade da luta histórica das mulheres por igualdade de direitos e oportunidades. É com esperança que aguardamos o dia em que as fronteiras da tradição se alargarão para acolher, sem distinção de gênero, todos aqueles que buscam viver segundo os altos ideais de nossa ordem.
Enquanto esse dia não chega, afirmamos nosso compromisso de estender os princípios de nobreza da cavalaria, incluindo a lealdade, a coragem e o respeito, a todas as pessoas, independentemente de seu gênero. O verdadeiro valor de um indivíduo não reside em características externas, mas sim em seu caráter, suas ações e sua dedicação aos ideais de luz e verdade.
Encorajamos todos os membros de nossa ordem a refletir sobre estas questões, a promover a justiça, a união e o trabalho em todos os seus empreendimentos e a contribuir, cada um a seu modo, para a construção de uma sociedade mais igualitária e fraterna.
Com profundo respeito e admiração,
nos domínios de São Paulo, no ano 2024 de Nosso Senhor Jesus Cristo, aos oito dias do mês de março.
Em nome da Santa, Abençoada e Gloriosa Trindade,
LAURO FABIANO DE SOUZA CARVALHO
Mui Eminente Grande Preceptor do Templo